Quem mora na sua casa?

Há um ano, eu e o meu marido comprámos a casa onde estamos a morar agora. Naquela altura, uma decisão bem ponderada. Escolhemos uma casa linda e moderna, com espaço suficiente para todos os membros da família, numa ótima localização, perto de todas as comodidades das quais nós, como família, gostaríamos de usufruir. Além disso, uma casa corrente, portanto, um bom investimento com vista para o futuro.

Mas suponha que eu tivesse comprado uma casa sozinha, sem consultar o meu marido e sem levar em conta os desejos e necessidades dos meus filhos. Essa casa ainda teria sido mesmo assim um bom investimento; dado o mercado atual, uma casa ganha quase automaticamente cada vez mais valor. Portanto, é praticamente impossível fazer algo errado. No entanto, penso que mais cedo ou mais tarde teria de lidar com uma rebelião interna. Em geral, as crianças não costumam gostar muito de andar de bicicleta durante uma hora antes de chegar à escola. E, embora muito autêntica que seja, um marido que se tenha de lavar todas as manhãs numa casa de banho demasiado pequena de certeza que vai ficar muito rabugento. Portanto, no interesse de todos e da tranquilidade em casa, é melhor fazer um inventário prévio dos desejos de todos e levá-los em consideração no processo de tomada de decisões. E, embora a casa seja provavelmente um pouco diferente, todos sentir-se-ão satisfeitos durante anos. Uma empresa não é uma casa. Além disso, uma empresa também não se tornará mais valiosa sem mais nem menos. Em grandes transformações, mas francamente também em projetos de inovação menores, gasta-se sempre muito tempo no business case. Vale a pena fazer o investimento? E dentro de quantos anos vamos ver os resultados deste investimento? Os investimentos em, por exemplo, aplicações de TI servem para obter mais sucesso do ponto de vista comercial ou, do ponto de vista operacional, mais eficiência e eficácia.
No entanto, há anos que me surpreendo com a pouca atenção dada durante estas discussões ao lançamento adequado de grandes projetos nas organizações. Para maximizar o impacto do investimento, a organização tem de o utilizar corretamente, os funcionários têm de ser formados e os processos têm de ser adaptados.
Este processo é denominado de business-readiness, um processo ao qual prestamos muita atenção na Vasco.
Juntamente com os utilizadores finais, elaboramos um plano de implementação em que não devemos perder de vista a formação, a comunicação, os processos e os clientes. Para tal, começamos sempre com uma análise de impacto global. E sim, isto leva tempo, mas no fim irá ganhar esse tempo de volta e poupará muito dinheiro. A Vasco já ajudou grandes clientes internacionais e PMEs menores na sua business readiness, o que é sempre considerado pelos nossos clientes como uma das principais razões para o sucesso. Por esta razão, nunca deixarei de lutar pela maior proeminência da business readiness. A questão tem de ser sempre: quem mora na casa? Ou por outras palavras: quem são as pessoas na organização? Afinal, o que vale para uma casa também vale para uma organização: quando se tem em conta o utilizador, o seu investimento será um verdadeiro sucesso.

Vasco. Juntos tornamos as coisas fáceis.